quarta-feira, 25 de junho de 2008

Tempo de pensar na estrutura do Carnaval

São quatro dias de folia e brincadeira já dizia uma conhecida canção! Quatro dias onde o mundo pára para assistir a nossa festa, o maior espetáculo a céu aberto do mundo: o desfile do grupo especial do Rio de Janeiro.
O que o grande público desconhece é que por trás desses dias de reinado do Momo, onde vivemos tempos de sonhos e inversões, existem verdadeiras empresas e trabalho árduo durante todo o ano. Toda uma estrutura orgânica e financeira é montada, e, constantemente renovada para proporcionar um pouco mais de uma hora de magia e espetáculo.
Cada uma das escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro gasta algo entre cinco e oito milhões de Reais para proporcionar o megaevento. Nos bastidores temos toda uma gama de profissionais: artistas, técnicos, engenheiros, limpeza, cozinha, administrativo... muitos com carteira assinada por prazo indeterminado, ou seja, são verdadeiros funcionários de uma empresa.
Esse rol de funcionários representa um moderno modelo de processo de gestão, modelo esse que já está sendo copiado por muitas empresas “ditas formais”. E eles são os personagens mais importantes da festa, são os que proporcionam o megaevento, são os bastidores, a realidade que faz o sonho.
Então, quando os refletores da mídia focarem o rebolado da madrinha de bateria na avenida, apreciem caia no samba, mas não se esqueça de reverenciar quem realmente passa um ano projetando a festa! Valorize quem está por trás disso tudo, afinal eles, sim, são os artistas que divulgam nossa cultura e talento para o mundo em tom de festa!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

O último adeus ao sambista!



O Rio de Janeiro está mais triste, o Brasil também... quiçá o mundo!
Perdemos um dos nomes mais importantes da nossa história!
Nos despedimos do grande mestre Jamelão!
José Bispo Clementino dos Santos, (12/05/1913 - 14/06/2008) foi um dos maiores cantores sambistas brasieliro,tradicional intérprete da Mangueira.
Ganhou o apelido de Jamelão na época em que se apresentava em gafieiras da capital fluminense. Começou ainda jovem, tocando tamborim na bateria da Mangueira e depois se tornou um dos principais intérpretes da escola.
A consagração veio como cantor de samba. Sua primeira gravadora foi a Odeon.
De 1949 até 2006, Jamelão foi intérprete de samba-enredo na Mangueira. Em janeiro de 2001, recebeu a medalha da Ordem do Mérito Cultural.
O mundo do samba hoje chora, mas agradece com reconhecimento todos esses anos dedicados pela valorização da nossa cultura!
Obrigada Jamelão!